O sol passou pelas frestas da casinha Já é dia? Será que estou sonhando? Talvez... No potinho a comida está velhinha Miau-miau, vovó aparece e ela fica fresquinha outra vez. Tomo meu banho e bem limpinho Desço a escada para me esticar no tapetinho Em qualquer lugar eu afio as unhas pra valer! Vovó briga comigo quando vê! Sou mimado e bem gordinho Carinhoso, danadinho Uns me chamam de fofinho, mas meu nome é Juninho! JG
Rio das Ostras,2011 Sentei-me areia, dia desses olhei para o céu... olhei para o mar... A amendoeira jogou suas folhas no chão quebrando o silêncio que existia na minha alma. Saturno me observa lá de cima, sou filho dele. O velho planeta rege meus passos, Porque velho também eu sou... Não me encaixo nessa terra, não me encaixo em lugar nenhum. Às vezes acho que nem caibo dentro de mim. Então espalho as dúvidas sacudindo a cabeça, pois pensar de mais não me deixa viver. Entrego-me ao rio que é a vida, grão de areia eu sou e um dia no fim da jornada sei que vou merecer repousar serena no fundo de seu leito. Juliana Guzzo Rio das Ostras, 20 de junho de 2012
Era feliz e não sabia. Passava distraído pelo dia, a andar como quem só caminha, sem se preocupar onde o caminho vai dar. Era feliz e não sabia... Em casa tinha alegria, mas não via, Na rua tinha harmonia e não sentia, Vivia como se fosse obrigado a viver. Então, era uma vez... E a vida, ou quem sabe o tal do destino, Resolveu rufar seus ventos sobre ele E nada nunca mais foi igual. Viu a alegria da casa partindo A harmonia da rua ruindo E o assobio do dia calar Era infeliz, e agora sabia. Juliana Guzzo Vieira
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