Reescrevendo o eco do fracasso

Licença Pessoa, mas vou reescrever essa poesia que me atormenta por anos e anos... como um eco de fracasso permanente em meus dias...


Tudo que faço ou medito não ficará mais na metade
querendo não quero mais o infinito
fazendo agora será verdade.

Que nojo? de mim não fico
tenho orgulho ao ver o que faço
minha alma é lúcida e rica
jamais voltarei a ser saraço...

Um mar onde não boiam lentos
fragmentos de um mar de além...
Vontades e pensamentos
eu sei e sei-o bem!

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ORIGINAL

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou uma mar de sargaço-

Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem.

FERNANDO PESSOA

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